Foto engenharia biomédica – legenda: Mariana Volpini, coordenadora do curso de Engenharia Biomédica da Fumec, ao centro, com a equipe da Universidade Fumec
As novas tecnologias no setor de saúde hoje passam pelos acelerados avanços da Engenharia Biomédica. Área que demanda mudanças na medicina e nos serviços de saúde, ela está em expansão no Brasil e no mundo, que integra os princípios das ciências exatas e engenharia com as ciências biológicas e da saúde. A multidisciplinaridade, que é uma de suas características mais importantes, permite ao engenheiro biomédico desenvolver e aplicar, através de abordagens adequadas, equipamentos destinados à prevenção, ao diagnóstico, à monitoração de parâmetros fisiológicos e terapia de doenças, em unidades de tratamento e hospitais, explorando de forma adequada suas múltiplas funcionalidades. A Engenharia Biomédica engloba quatro subáreas: Bioengenharia, Engenharia de Reabilitação, Engenharia Médica ou Instrumentação Médica, e Engenharia Clínica ou Hospitalar. Expo-Hospital Brasil abriu espaço para Engenharia Biomédica, com um Congresso inteiramente dedicado à área, que aconteceu no segundo e terceiro dia de Feira.
A bioengenharia é a parte da Engenharia Biomédica que tem por finalidade a aplicação da engenharia aos processos biológicos, desenvolvendo aquisição de base e de novas ideias para o apoio de instrumentação e de novos métodos de promoção de saúde. Entre as várias áreas de atividades da bioengenharia destacam-se: Biomateriais, Próteses e Órgãos Artificiais, Biomecânica e Biotecnologia. Já a Engenharia de Reabilitação objetiva desenvolver sistemas eletrônicos e mecânicos de tecnologia assistiva que contribuem para o bem-estar e a qualidade de vida de indivíduos com deficiências diversas e, consequentemente, para as limitações funcionais distintas.
Já a Engenharia de Reabilitação objetiva desenvolver sistemas eletrônicos e mecânicos de tecnologia assistiva que contribuem para o bem-estar e a qualidade de vida de indivíduos com deficiências diversas e, consequentemente, para as limitações funcionais distintas. Diferentemente, a Engenharia Médica ou Instrumentação Médica está direcionada ao estudo, projeto e à execução de instrumentação para a área médica, em especial a eletrônica.
Por último, a Engenharia Clínica aplica tecnologia para cuidados de saúde nos hospitais, sendo o engenheiro clínico membro da equipe de saúde em conjunto com médicos, enfermeiros e outros funcionários do hospital. Está voltada às atividades de certificação e ensaios de equipamentos médicos, e atividades intra-hospitalares, incluindo projeto, adequação e execução de instalações, assessoria para aquisição de equipamentos, treinamento e orientação de equipes de manutenção.
No entanto, segundo Mariana Volpini, coordenadora do curso de Engenharia Biomédica da Universidade Fumec, a realidade do sistema de saúde brasileiro é a de enfrentamento de problemas. Para ela “uma das dificuldades está na aquisição de equipamentos hospitalares e de novas tecnologias, que, devido ao seu alto custo, torna-se economicamente inviável para muitas instituições de saúde”. Outro contratempo apresentado por Volponi é que, muitas vezes, quando adquiridos, os equipamentos não são devidamente aproveitados, principalmente pela falta de profissionais especializados para a sua implantação e manutenção.
O Ministério da Saúde, em 1992, realizou um estudo sobre a necessidade de aprimorar o planejamento técnico dos hospitais brasileiros. Nesse estudo, verificou-se um desperdício muito grande na prestação dos serviços de saúde, principalmente com a subutilização e limitação da vida útil dos equipamentos, devido à falta de treinamento dos operadores e de planejamento técnico, aliado à inabilidade nas ações de manutenção preventiva. Atualmente, devido à ausência de profissionais com formação específica para essa atividade, os hospitais no Brasil contratam engenheiros civis, engenheiros eletricistas ou, até mesmo, técnicos ou físicos com especialização em física médica para desempenhar as atividades de recuperação, especificação e manutenção de equipamentos.
Foi o crescente desenvolvimento tecnológico na década de 60 que ocasionou o surgimento da Engenharia Biomédica nos Estados Unidos. Atualmente, existem nos Estados Unidos, Canadá e Europa centenas de programas, departamentos ou escolas com cursos de graduação, mestrado e doutorado. Na América Latina, em países como Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, México, Peru e Venezuela, já existem cursos nos níveis de graduação e pós-graduação. Todas as suas áreas apresentam-se desenvolvidas sem sobreposição de uma a outra.
As inovações tecnológicas continuam surgindo de forma acelerada, demandando mudanças na medicina e nos serviços de saúde. Hoje, muitos hospitais, nos países desenvolvidos, se apresentam como um centro de saúde tecnologicamente sofisticado, com profissionais altamente capacitados.
No entanto, a realidade do sistema de saúde brasileiro é a de enfrentamento de problemas. Uma das dificuldades está na aquisição de equipamentos hospitalares e de novas tecnologias, que, devido ao seu alto custo, torna-se economicamente inviável para muitas instituições de saúde. Outro contratempo é que muitas vezes, quando adquiridos, não são devidamente aproveitados, principalmente pela falta de profissionais especializados para a sua implantação e manutenção.
Esses fatos demonstram a necessidade de um Engenheiro biomédico capacitado para atuar tanto no âmbito da Engenharia Médica ou Instrumentação Médica, para projetar instrumentação de custo reduzido, quanto no ramo da Engenharia clínica, para orientação da melhor forma de aproveitamento das tecnologias disponíveis.
A Engenharia Biomédica é uma área multidisciplinar em expansão no Brasil e no mundo, que integra os princípios das ciências exatas e da engenharia com os das ciências biológicas e da saúde. A multidisciplinaridade permite ao Engenheiro Biomédico desenvolver e aplicar, através de abordagens adequadas, equipamentos destinados à prevenção, ao diagnóstico, à monitoração de parâmetros fisiológicos e terapia de doenças, em unidades de tratamento e hospitais, explorando de forma adequada suas múltiplas funcionalidades.
Segundo a Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica, essa área engloba quatro subáreas: Bioengenharia, Engenharia de Reabilitação, Engenharia Médica ou Instrumentação Médica, e Engenharia Clínica ou Hospitalar.
A bioengenharia é a parte da Engenharia Biomédica que tem por finalidade a aplicação da engenharia aos processos biológicos, desenvolvendo aquisição de base e de novas ideias para o apoio de instrumentação e de novos métodos de promoção de saúde. Entre as várias áreas de atividades da bioengenharia destacam-se: Biomateriais; Próteses e Órgãos Artificiais; Biomecânica e Biotecnologia.
Já a Engenharia de Reabilitação objetiva desenvolver sistemas eletrônicos e mecânicos de tecnologia assistiva que contribuem para o bem-estar e a qualidade de vida de indivíduos com deficiências diversas e, consequentemente, para as limitações funcionais distintas.
Diferentemente, a Engenharia Médica ou Instrumentação Médica está direcionada ao estudo, projeto e à execução de instrumentação para a área médica, em especial a eletrônica.
Por último, a Engenharia Clínica, que aplica tecnologia para cuidados de saúde nos hospitais, sendo o engenheiro clínico membro da equipe de saúde em conjunto com médicos, enfermeiros e outros funcionários do hospital. Está voltada às atividades de certificação e ensaios de equipamentos médicos, e atividades intra-hospitalares, incluindo projeto, adequação e execução de instalações, assessoria para aquisição de equipamentos, treinamento e orientação de equipes de manutenção.
Diante disso, o Engenheiro Biomédico poderá atuar em diversos segmentos, tais como:
Elaboração de projetos de aplicação de novos equipamentos e sistemas. Participação no desenvolvimento de tecnologias modernas para possibilitar a realização de exames não invasivos. Estudos para desenvolvimento de próteses. Especificação para aquisição de sistemas e equipamentos de alta complexidade. Venda de equipamentos para área de saúde.
Aquisição e incorporação de novas tecnologias ao ambiente da saúde. Capacitação de pessoal para manutenção de equipamentos. Estabelecimento de medidas de controle e segurança de equipamentos. Elaboração de projetos de informatização relacionados aos equipamentos médicos hospitalares. Gerenciamento das redes de dados, telefonia, eletricidade, gases e ar condicionado. Calibração e ajuste de equipamentos hospitalares.
Universidades públicas e privadas e centro de pesquisas.
Projetos de pesquisa em diferenças subáreas da Engenharia Biomédica, em especial na bioengenharia com pesquisas em biomateriais, órgãos artificiais, órteses e próteses, biomecânica e biotecnologia.
Foi o crescente desenvolvimento tecnológico na década de 60 que ocasionou o surgimento da Engenharia Biomédica nos Estados Unidos. Atualmente, existem nos Estados Unidos, Canadá e Europa centenas de programas, departamentos ou escolas com cursos de graduação, mestrado e doutorado. Na América Latina, em países como Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, México, Peru e Venezuela, já existem cursos nos níveis de graduação e pós-graduação. Todas as suas áreas apresentam-se desenvolvidas sem sobreposição de uma a outra.
O Ministério da Saúde, em 1992, realizou um estudo sobre a necessidade de aprimorar o planejamento técnico dos hospitais brasileiros. Existe um alto e inadmissível desperdício na prestação dos serviços de saúde, de acordo com o estudo, principalmente com a subutilização e limitação da vida útil dos equipamentos, devido à falta de treinamento dos operadores e de planejamento técnico, aliado à inabilidade nas ações de manutenção preventiva.
As condições relacionadas ao uso, manutenção e gestão de equipamentos odontomédico-hospitalares, de um modo geral, são bastante precárias no país, principalmente pela falta de profissionais especializados na área.
Atualmente, devido à ausência de profissionais com formação específica para essa atividade, os hospitais contratam engenheiros civis, engenheiros eletricistas ou, até mesmo, técnicos ou físicos com especialização em física médica para desempenhar as atividades de recuperação, especificação e manutenção de equipamentos.
A Gestão Hospitalar ou Engenharia Clínica faz parte da formação em Engenharia Biomédica e esse profissional é de extrema importância dentro dos hospitais.
A atividade já bastante é bastante evoluída pelo mundo, o profissional de gestão hospitalar hoje cuida do chamado “ciclo de vida” da tecnologia e dos equipamentos hospitalares e participa do processo de aquisição dos mesmos desde o início, sendo responsável pelo seu recebimento e manutenção (preventiva e corretiva), testes de aceitação e treinamento de funcionários. Outra preocupação dos gestores ou engenheiros clínicos é com o gerenciamento de resíduos sólidos. O profissional deve programar o descarte dos materiais como: baterias, lâmpadas, partes e peças usadas, qualquer material técnico gerado da atividade e dos equipamentos desativados.
O profissional da Engenharia Clínica do hospital é responsável pelo planejamento, definição e execução de políticas e programas em toda a gestão da tecnologia da saúde, melhorias na qualidade, gerenciamento de risco, atendimento à demanda de pacientes e otimização da produtividade dos funcionários. Engenheiros clínicos podem tonar um hospital muito mais eficiente e menos custoso pois as questões financeiras também são atribuições desse profissional.
O engenheiro clínico deve chegar antesdo hospital abrir as portas. Durante a fase da obra, o profissional pode especificar de acordo com os requisitos de pré-instalação dos diversos equipamentos, o dimensionamento elétrico, hidráulico e de áreas físicasdo prédio. Além disso, o cumprimento das normas dos órgãos reguladores também é de responsabilidade desse profissional quando o assunto é segurança hospitalar.
O profissional de gestão hospitalar ainda é pouco absorvido pelo mercado. Nos EUA, cada hospital com mais de 300 leitos é obrigado a ter um departamento de engenharia clínica. No Brasil, somente os grandes hospitais privados, alguns institutos e os hospitais universitários possuem esse tipo de especialista, que, para eles, p crescente campo tem sido o de consultoria para serviços pontuais como certificações em qualidade por exemplo.
Muita coisa mudou em relação à saúde, do século passado até agora. Com o aumento da expectativa de vida e o avanço cada vez maior da tecnologia na medicina, e com o aparecimento dos robôs, os equipamentos tem se tornado cada vez mais de ponta no auxílio a operações e diagnósticos. Essa perceptível evolução se deve à incorporação constante de inovações tecnológicas na Saúde.
O atual modelo brasileiro de saúde não se sustentará por muito tempo se não houver um melhor aproveitamento da Engenharia Biomédica no Brasil. No ritmo de crescimento de gastos com saúde, os recursos existentes serão todos consumidos e para mudar esse quadro, novas tecnologias precisam surgir. Evidenciando a necessidade de avanço da tecnologia brasileira, importações de equipamentos de saúde vem aumentando no Brasil, e com isso, pode-se ter uma oportunidade para o crescimento da indústria local com investimento de empresas nacionais com tecnologia nacional.
Inovar com tecnologia na área de saúde não é repassar conhecimento, e sim colocar o produto no mercado e para que isso aconteça, as empresas teriam que dispor de mais recursos para investimento e um baixo custo de inovação e uma menor distância de comunicação entre as empresas e o ambiente acadêmico. Mesmo com visões diferentes, projetos em parceria entre ambiente corporativo e acadêmico são possíveis de ser estabelecidos com investimento em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e compartilhamento de informações especializadas por parte de pesquisadores. A integração também seria possível se as empresas treinassem seus funcionários nas universidades, em cursos de mestrado e doutorado em engenharia biomédica. Isso contribuiria para as empresas contratarem um funcionário apto em processos de inovação.
As facilidades governamentais e os maiores investimentos dessa parceria, seriam o novo caminho para a Medicina do futuro como Inteligência Artificial para otimização de processos e análise de dados médicos de cada paciente promovendo o armazenamento de dados em nuvem, melhorando assim o sistema de saúde no Brasil e otimizando gastos e qualidade de serviços nos hospitais.