Com inscrições esgotadas, o II Congresso Brasileiro de Gestão de Clínicas e Consultórios Médicos foi aberto por Fernando Kutova, diretor da Expo-Hospital Brasil. Ele elogiou a participação da Central dos Hospitais, entidade que desde a primeira edição da Expo-Hospital Brasil tem sido de fundamental importância para o sucesso do evento.
Neste primeiro dia do evento, os presentes contaram com a participação de palestrantes do setor de saúde como Wesley Marques, que falou sobre o Centro de Serviço Compartilhado, Shirley Berti sobre Planejamento Estratégico na Saúde; Leandro Rodrigues Padilha , com a palestra sobre Cooperativas e Márcio Luiz Lima de Souza, sobre Pacientes: conhecer para fidelizar. Houve ainda palestras sobre Tecnologia e Clínicas Médicas e Marketing Digital para Clínicas Médicas foram realizadas por Tahis Fernanda Geron e Leandro Camargo, respectivamente.
O Centro de Serviço Compartilhado (CSC), segundo Wesley Marques, superintendente da Central dos Hospitais de Minas Gerais (Associação e Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais), é uma solução que as instituições têm buscado para, trabalhando em rede, reduzir custos em suas gestões. “A utilização do CSC faz com que um setor seja orientado à excelência na prestação de serviços, buscando o melhor na qualidade das entregas, maximizando a utilização de recursos e a efetiva redução de custos”, enfatiza Wesley em sua palestra.
Exemplifica com a atuação da Central dos Hospitais, que, a partir da junção de duas instituições, Sindicato e Associação, tem dado suporte a seus filiados por meio do sistema CSC, com resultados surpreendentes. A Central tem elaborado grupos de discussão na área comercial, negociações com operadoras de planos de saúde, cursos de capacitação, ações coletivas na justiça, negociações com os sindicatos laborais e representações junto aos órgãos públicos e privados.
“Em 2010 Minas Gerais contava com 590 hospitais, hoje temos 551. A população cresceu e, no entanto, o número de hospitais decresceu. Podemos dizer que essa diminuição não se deu somente por causa da crise econômica, mas principalmente porque a gestão hospitalar deixa a desejar e CSC pode colaborar para a melhora deste quadro”, enfatiza.
O CSC não é uma ideia, é uma realidade, depois de 20 anos no mercado brasileiro. Para exemplificar o sucesso do sistema na Central dos Hospitais, Wesley levantou alguns números, contabilizados em três meses, depois da utilização do CSC em alguns setores. No Recursos Humanos, houve mais de 150 contratados, mais de 9 mil currículos triados, mais de 10 visitas técnicas e 491 entrevistas. No setor de compras houve mais de 2.700 itens comercializados.
A palestra foi finalizada com uma projeção de um pensamento do presidente da Central dos Hospitais de Minas Gerais, Reginaldo Teófanes Ferreira de Araújo: “O barco está afundando, ou nos juntamos para sobreviver, ou morremos juntos”.
“O CSC é uma esperança para o barco não afundar”, finaliza o palestrante.
Na palestra Pacientes: conhecer para fidelizar, o administrador de empresas e consultor da área de saúde Márcio Luiz Lima de Souza tratou o tema no ponto de vista do estudo do perfil do paciente. Para ele, o marketing deve traçar alguns caminhos como a tangibilização do serviço, a comunicação para se aproximar desse paciente e a gestão da carteira de pacientes. Segundo Márcio, “o empresário brasileiro se sente culpado de lucrar”. E avança “Toda a empresa tem que ter lucro e lucro não é pecado. O consultório é uma empresa. O paciente é o cliente e o colega é um concorrente”.